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Mais Um Dia Entediante Nesse Mundo Entediado

Porque esse medo me domina a cada segundo que passa? Porque eu não faço a mínima idéia do que me espera na próxima porta em que eu atravessar para chegar ao meu destino? São perguntas que de jeito nenhum eu posso responder. Não entendo o sentido de estarmos aqui, nesse lugar, onde cada broto de feijão se torna o próprio Deus para quem o plantou. Aqui em Togaya, um pequeno vilarejo no Sul do País, é dificil até achar que alguém poderia tomar uma grande iniciativa para mudar alguma coisa, e tornar isso aqui uma coisa interessante de se ver.
Cada Turista sem ter o que fazer vem aqui. Não sei pra que. Aqui eles só vão multiplicar esse "Não ter o que fazer". Cada dia que eu passo aqui eu tenho mais vontade de sair. Ir pro Norte, Explorar cada loja, cada monumento artístico que eles de lá possuem. Meu sonho? Meu sonho é viajar, viver no Norte, ser bem sucedido. Eu sinceramente gostaria de abandonar esse vilarejo de uma vez por todas. Não aguento mais ficar aqui, nesse lugar.
Vendo meus pais sentados na sala assistindo TV, daquelas bem antigas, totalmente diferentes das do Norte. Eles estão vendo o noticiário local. Está dizendo que um bandido escapou da prisão do norte e está vindo em direção ao Sul. Meu pai sussurrou ao ouvido de minha mãe bem baixo, tentando não me assustar com o que ia dizer, mas mesmo assim eu ouvi:
- É melhor tomarmos cuidado. Não se sabe o que essa gente louca do Norte pode fazer, talvez ocorra muitos crimes por aqui. - Disse totalmente preocupado com a Situação.
Eu não acho que seja totalmente perigoso, aliás, ja tivemos um figitivo em Togaya antes. Sir.Don Juan de La Vóiage, Ele era Francês. Como sempre, eu fui dormir. Antes de fechar os olhos em minha cama, eu começei a pensar na Naika, novamente. Naika estudava comigo no ano passado, mas ela foi para o Norte, e acho que nunca mais vou vê-la novamente, sabe... Eu gostava dela.
~~Ja acordei, sim aqui pareçe que as noites passam num piscar de olhos. Não me importo. Fui, Voltei, stou em casa, cheguei da escola, vi meus pais totalmente felizes meio que pulando de alegria na cozinha. Achei meio estranho, pois nunca os vi daquele jeito.
- Pai... Mãe... O que aconteçeu? - Eu perguntei meio desconfiado
Meu pai me olhou diretamente nos olhos, com um sorriso no rosto e disse a melhor coisa que eu poderia imaginar:
- Eu recebi uma promoção no trabalho... Nós vamos pro Norte!
Eu não consegui demonstrar palavras, atos, pensamentos naquela hora. Só sei que uma felicidade enorme me veio a cabeça. A única coisa que consegui dizer foi "Naika...".
Arrumamos todas as nossas coisas, fomos em direção ao Norte, na estrada havia um barranco, enorme, dava vontade de você pular nele, porém ninguém seria louco de fazer isso. A viagem ao Norte dura em torno de 7h.Estamos indo em direção a Litsufuji, a Capital do País. Estamos andando numa pequena carroça, puxada a cavalo, e vimos outra carroça igual a nossa vindo, porém numa velocidade enorme.
Meu pai levantou e gritou ao cara da outra carroça:
- EI, CUIDADO! MAIS DEVAGAR! É PERIGOSO! TEM UM BARRANCO AQUI DO LADO!
Mas a única coisa que o homem fez, foi tirar uma arma do bolso e atirar em meu pai. O rosto de minha mãe se paralisou. Eu estava sem palavras, só percebia a lágrima saindo de meu olho. o homem atirou no cavalo também. A única coisa de que me lembro agora, é que o cavalo ficou desnorteado, e todos nós caímos do barranco. Só lembro de ter pensado "Naika... Adeus."
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